quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O que é liturgia?

A palavra "Liturgia" vem do grego e significa obra/ação; Liturgia é a obra do Pai em Seu Povo e também a ação do Povo de Deus, reunido em Jesus Cristo, na comunhão do Espírito Santo.

É sempre uma celebração de Mistério Pascal, isto é, passagem da morte para vida, através de sinais, gestos e palavras. A liturgia é ação de Cristo na Igreja.

O ponto culminante de uma comunidade eclesial é a celebração comunitária, onde todos expressam sua fé comum; ouvem o mesmo Senhor, Salvador e Libertador; agradecem os favores de Deus; cantam as mesmas canções. Aí todos louvam a Deus e os laços do amor fortalecidos. Cresce a fraternidade e o Povo de Deus se reanima, sobretudo nos Sacramentos, para continuar a luta pela construção do Reino.

Nenhuma atividade pastoral pode realizar-se sem referencia à liturgia. Qualquer celebração tem sentido evangelizador e catequético. Toda ação pastoral terá como ponto de referencia a liturgia, na qual se celebra a memória e se proclama a atualidade do projeto de Jesus Cristo.



A celebração litúrgica, como a obra de Cristo Sacerdote, e da Igreja que é seu Corpo, é uma ação sagrada por excelência. Sua eficácia não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja.


Quando falamos de liturgia, temos presente:

• A Missa ou Celebração Eucarística;

• Celebração dos Sacramentos (batismo, crisma, eucaristia, penitencia, unção dos enfermos, ordenação, matrimonio);

• A Celebração dos Sacramentais (bênçãos, encomendação dos mortos...);

• A Celebração da Palavra ou Culto;

• A Liturgia das Horas; etc.



Mas Liturgia não é apenas "celebrações litúrgicas"; é também e principalmente a vivência do Ano Litúrgico como um autêntico discípulo de Cristo. Todo cristão (e ainda mais nós, coroinhas) devemos fazer da nossa vida uma obra litúrgica, visando a salvação de todos com os quais temos contato, pois essa é a Obra (Liturgia) do Pai e a nossa também!


Matheus Souza Peçanha

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Espiritualidade do Coroinha

Em nossa última postagem utilizei uma frase de Santo Afonso Maria de Ligório, para lembrar ao coroinha que a fecundidade do seu serviço no altar dependerá da sua fidelidade na vida de oração: "Quem reza bem, vive bem. Quem reza mal, vive mal".
Sempre que celebro, presto bastante atenção aos coroinhas e no seu comportamento no altar: já vi coroinhas conversando o tempo todo - coisa infelizmente muito comum, já vi coroinha olhando pra assembléia o tempo todo, já vi coroinha cochilando, coroinha na sala lateral ao altar trocando idéias, etc...
Estas atitudes, me fazem lembrar outro grande santo que dizia: "Precisamos cantar as maravilhas do  Senhor com a boca, com o coração e com a vida".(Santo Agostinho)
Parafraseando o santo, o coroinha deve servir não apenas no altar, mas também em toda a sua vida com a boca e com o coração. Isso somente é possível se o coroinha buscar intimidade com Jesus Eucarístico e com Maria sua Mãe.
Padre Antônio Aguiar

domingo, 28 de agosto de 2011

Disciplina - Parte II

Seguindo a linha de pensamento da última postagem acerca desse assunto. Muitas pessoas não conseguem vencer os problemas e vícios pessoais porque não são disciplinadas. Muitas não conseguem ser perseverantes em seus bons propósitos porque lhes falta essa virtude [disciplina]. Para vencer um vício ou para dominar um mau hábito é preciso disciplina. É por ela que aprendemos a nos dominar. Vale mais um homem que se domina do que o que conquista uma cidade, diz a Bíblia.
A disciplina depende evidentemente da força de vontade; e esta é fortalecida pela graça de Deus. São Paulo diz que é Deus “ que opera em nós o querer e o fazer” (cf. Fil 2,13). As grandes organizações, fortes e duradouras, como, por exemplo, a Igreja, apoiam-se em uma rígida disciplina. É isso que lhes dá condições de superar os modismos e as ameaças de enfraquecimento. Também as grandes empresas fazem o mesmo. 



Então, nós como cristãos e coroinhas devemos dominar as nossas fraquezas humanas, para que elas não nos domine e que possamos manter o nosso foco vocacional de acordo com o chamado de Cristo em nossas vidas.

sábado, 27 de agosto de 2011

Maria na vida do coroinha II


Na minha última postagem talvez não tenha sido tão fiel a ligação que deveria ser feita entre Nossa Senhora e a vida do coroinha. Só que dessa vez farei diferente, vou escrever em poucas linhas a minha experiência pessoal com Maria, sendo eu coroinha não existindo, então, coesão maior com o tema proposto.
Quando criança participava do cenáculo Mariano, um grupo de pessoas que se junta para rezar o terço. Esse grupo se reunia todas as segundas-feiras na casa de um dos membros e acompanhava o grupo de casa em casa uma imagem de Nossa Senhora de Fátima. Vale ressaltar que o cenáculo Mariano teve início no mês de Maio de 1972, quando o Padre Stéfano Gobbi, fazia uma peregrinação em Fátima quando teve uma grande inspiração: rezar pelos padres e formar com eles um grupo de oração consagrado ao Imaculado Coração de Maria. A partir de Julho de 1973, Maria passa a transmitir-lhe mensagens por locução interior e o cenáculo se espalhou pelo mundo inteiro, com uma enorme quantidade de membros: bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos.
http://www.facebook.com/photo.php?fbid=158070187607419&set=a.142053345875770.36749.100002133150154&type=1&theater (isso é uma foto de uma foto mas sou eu como anjinho depois da coroação de Nossa Senhora)

Fiquei nesse grupo até pelo menos completar oito anos. Depois disso, entrei na catequese de primeira eucaristia na igreja do Sagrado Coração de Jesus, Mútua. Ainda freqüentando vez por outra o cenáculo. Ao completar nove anos fiz minha primeira eucaristia e senti o chamado de Deus ao serviço do altar. Acabei tendo que migrar para a igreja Matriz de São Gonçalo do Amarante, centro, SG. Quando lá cheguei iniciei a caminhada nos coroinhas e ingressei também na Congregação Mariana, mesmo tendo permanecido por pouco tempo na ultima sempre mantive meu coração bem próximo de Maria, que por felicidade do destino tem uma capela a ela destinada e pertencente à Igreja Matriz de São Gonçalo. 

A capela acima mencionada é de Nossa Senhora Rosa Mística, sempre que possível estava/ estou lá fazendo minhas orações. Entretanto, atualmente minha devoção por Nossa Senhora é desencadeada através de uma associação, essa associação se chama ACVM( Associação de Comunidades de Vida Mariana). A Acvm mostra um conceito diferente de hiperdulia a Nossa Mãe, através dos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola. Hoje faço parte de uma pré-comunidade intitulada Nossa Senhora Rosa Mística.http://www.facebook.com/photo.php?fbid=145217655559339&set=a.142053345875770.36749.100002133150154&type=1&theater
Que Nossa Senhora seja para nós um exemplo de humilde e pronto ao serviço ao Cristo. E que possamos também agir como Maria nos cuidados com as coisas de Deus. Imaginem como Maria cuidava das roupas de Jesus, hoje nos coroinhas cuidamos das alfaias que são as roupas do Cristo eucarístico.
Que cada coroinha agradeça a Deus pelo sim de Maria e que possamos dar a alegria a Maria citada por Santo Hilário:
A maior alegria que podemos dar a Maria Santíssima é a de levar Jesus Eucarístico no nosso peito. – (Santo Hilário)
Salve Maria. 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Vestes litúrgicas


Túnica
Alva
É a veste oficial do padre durante as celebrações que ele preside. A túnica é uma veste branca, embora possa ser de outras cores (dentro de um certo bom censo), a qual esconde a individualidade do sacerdote, para que nele se possa perceber o próprio Cristo que preside o Sacrifício. A túnica lembra que o sacerdote que foi, no batismo revestido de Cristo, se reveste agora simbolicamente do homem novo (para presidir o Sacrifício Eucarístico).
É uma veste branca como a túnica, porém é usada juntamente com a casula, vindo sob ela.
A alva, juntamente com a casula, dá um caráter mais solene às celebrações.



Estola
Casula
É uma faixa vertical (para padre) ou diagonal (para diácono). A estola do padre pode ter duas faixas ou três. Ele a usa sobre os ombros com duas pontas caindo para frente. Ela simboliza o serviço sacerdotal que o padre realiza como ministro (servidor) de Cristo. Sua cor varia conforme a liturgia.
É uma veste mais solene que cobre tanto a alva como a estola. É a veste própria do padre (diácono não pode usá-la), não tem costura nos lados e é usada nas Missas dominicais e dias festivos. A cor varia conforma a liturgia.
Dalmática

É a veste própria do diácono. É colocada sobre a alva (túnica) e a estola. É utilizada na celebração da missa. Aberta dos lados, tem as mangas largas e curtas. A cor também varia de acordo com a liturgia.


Matheus Souza Peçanha

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Posturas Do Coroinha Durante a Missa parte2

Hoje Continuamos com o nosso assunto sobre posturas.Falaremos de três posturas mt centrads e de suma importância na vida do cistão e principalmente sendo coroinha esse valor é de maior estima.

Vamos a essas posturas:


DE JOELHOS: Posição comum diante do Santíssimo Sacramento e durante a consagração do pão e do vinho. Significa adoração a Deus. São Paulo diz: "Ao nome de Jesus, se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra" (Fl 2,10). Rezar de joelhos é mais comum nas orações individuais. "Pedro, tendo mandado sair todos, pôs-se de joelhos para orar" (At 9,40)

GENUFLEXÃO: É um gesto de adoração a Jesus na Eucaristia. Fazemos quando entramos na igreja e dela saímos, se ali existe o sacrário. Também fazemos genuflexão diante do crucifixo na Sexta-Feira Santa, em sinal de adoração. (Não é adoração à Cruz, mas a Jesus que nela foi pregado).

Reverência ou venia: Inclinar-se diante de alguém é sinal de grande respeito. É também adoração, diante do Santíssimo Sacramento. Os fiéis podem inclinar a cabeça para receber a bênção solene.Mas é bom ressaltar também que fazemos inclinação quando passamos diante do sacerdote celebrante pois ele está em "persona christ" ou seja é o própio cristo que se faz presente nele.
  
E concluimos os temas abordados hoje que nos é colocado a reflexão se nós coroinhas estamos executando com dignidade esse gestos e posturas com o máximo e e respeito.O exemplo a ser passado a comunidade é através de nós coroinhas pois devemos saber que muitos em nosso meio tem comos exemplo nós mesmo coroinhas.Que possamos passar verdadeiramente esse exemplo ao povo de Deus.


"Zelus Domus Tuae Comedit Me"

Fabiano Macedo

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Espiritualidade do Coroinha

A espiritualidade do Coroinha passa pela vida de oração pessoal que ele precisa cultivar diariamente. Ele não deve limitar sua vida de oração somente ás celebrações nas quais participa e em que é escalado. Mas, precisa buscar desenvolver o gosto pela oração pessoal, pois como diz Santo Afonso de Ligório: "Quem reza bem, vive bem. Quem reza mal, vive mal!"
O coroinha que tiver uma vida de oração pessoal boa, vai exercer bem seu serviço, mas se tiver uma vida de oração falha, ruim vai agir do mesmo modo nas outras áreas da sua vida. Aqui algumas orações que o Coroinha deve saber:
Sinal da Cruz: Pelo sinal da santa Cruz, livrai-nos Deus, Nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Pai- Nosso: Pai que estais no céus, santificado seja o vosso nome, venha o vosso Reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céus.O pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai as nossas ofensas assim na terra como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não os deixeis cai em tentação, mas livrai-nos de todo mal. Amém.

Ave-Maria: Ave Maria, cheia de graça o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, bendito fruto do vosso ventre, Jesus.Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na nossa morte. Amém.

Glória ao Pai: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Salve-Rainha: Salve Rainha, Mãe de Misericórdia vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva.A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.Eia, pois, advogada nossa esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois desse desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre ò clemente, ó piedosa, ó Doce Sempre Virgem Maria. Rogai por nós Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Ao Santo Anjo da Guarda: Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me guarde, governa e ilumina. Amém.

Oração á São Tarcísio:  Ó glorioso São Tarcísio, que agora no céu estais a gozando o prêmio do vosso amor verdadeiro a Deus, de fidelidade e proteção constante à Santa Eucaristia. Abençoai nossas famílias e os devotos, que buscam em Ti o Amor e a Coragem de lutar por Jesus Cristo. Quero, neste dia, seguir sua bravura, sentindo em meu coração a Santa Eucaristia, seguindo a Jesus Cristo, amando e respeitando o serviço de sua Igreja, o Magistério de nossa Fé. Livrai-me da maldade e de tudo o que pode me separar de Deus, do próximo e da salvação eterna. Concedei-me a graça que desejo alcançar (Pedido). Graças e louvores se dê a cada momento, ao Digníssimo Santíssimo Sacramento.

Oração dos Coroinhas: Senhor Jesus Cristo, que me chamastes ao ministério de coroinha, dá-me coragem para atender o seu chamado.Abençoa meu serviço dentro da comunidade quero exercê-lo com respeito e alegria, testemunhando a todos o teu amor.Abençoa também minha família, meus amigos e minha vocação.Maria, mãe de Jesus e nossa mãe, preserva-me de todas as distrações nesta oferta a teu filho sobre o altar.Santo Anjo da Guarda, protege-me.São Tarcísio, padroeiro dos coroinhas, rogai por nós.Amém.

Padre Antônio Aguiar 

domingo, 21 de agosto de 2011

Disciplina

    A palavra disciplina significa de acordo com o dicionário: submissão , obediência, instrução e educação, além de ser uma palavra que deriva do termo discípulo que significa “aquele que segue as doutrinas de alguém”.
    Esta palavra caracteriza um atributo imprescindível para um coroinha, por isso deve ser pego como base para sua caminhada, pois de acordo com (Provérbios 10,17) Quem aceita a disciplina caminha para a vida; quem despreza a correção extravia-se. Este versículo enfatiza ainda mais como é importantíssimo buscar essa qualidade, ainda mais para quem está em contato constante com Cristo durante a celebração da missa, pois é exemplo perante a comunidade.
    Ser disciplinado é procurar seguir os ensinamentos do Salvador e copiar seus gestos e atos como podemos ver em (Mt 4,1-11) quando Jesus foi tentado por um falso messianismo, esta situação em que Jesus foi tentado pelo demônio isso mostra que Ele mesmo sendo Deus sofreu uma das maiores dificuldades humanas que é a tentação, mostrando para todos os seus seguidores que é possível vencer. Então se Ele consegue, os seus discípulos devem pelo menos tentar.
    Jesus foi todos os sinônimos da palavra disciplina foi submisso quando recebeu uma bofetada na face e deu o outro lado para receber uma outra (Lc 6,29), foi obediente quando ele disse: “Abbá! Pai! tudo é possível para ti. Afasta de mim este cálice! Mas seja feito não o que eu quero, porém o que tu queres”.(Marcos 14, 36) , foi instrutor quando pregava suas parábolas e educado quando se retratava com o próximo, mostrando para seus seguidores que ser disciplinado é difícil, mas não impossível.

   Que nós coroinhas sejamos disciplinados, como o nosso Mestre, no nosso serviço e na nossa vida cristã.

sábado, 20 de agosto de 2011

Maria na vida do coroinha


Tendo em vista a liturgia a ser celebrada no próximo domingo dia 21/08 a mensagem a ser explanada aqui hoje será a Assunção de Nossa Senhora.
A solenidade da Assunção de Nossa Senhora é celebrada pela igreja no dia 15 de agosto. Entretanto, como não é feriado celebra-se no domingo após o dia 15. Essa é a terceira e última solenidade de Maria no ano litúrgico.
A Assunção da Virgem Maria representa a fé da Igreja na obra da redenção. Entre as formas de redenção a Igreja reconhece uma forma radical de redenção: Unida ao Filho na vida e na morte, a Igreja sabe que Maria foi associada à glória do Filho Ressuscitado.
A Assunção é a Páscoa de Maria. Criatura da nossa raça e condição, Mãe da Igreja, a Igreja olha para Maria como figura do seu futuro e da sua pátria.
Só Deus pode dar uma recompensa justa aos serviços prestados aqui na terra; só ele pode tirar toda dor, enxugar todas as lágrimas, encher nossa vida de alegria.
A festa da Assunção de Maria nos faz crer que a vocação da humanidade é chegar à plena realização e à vitória definitiva sobre todas as mortes.
Celebrando a Assunção da Virgem Maria aos Céus, o Senhor renova em nós a aliança e nos dá um novo sentido para a nossa vida.
A Assunção de Maria valoriza muito o nosso corpo, templo do Espírito Santo, como manifestação de todo o nosso ser, aos olhos dos outros.
Que possamos ser iguais a Maria exemplo na entrega e no serviço as coisas de Deus. Maria mostrou que sempre devemos ser humildes e fazer que com em nossas vidas apontemos o Cristo, salvador do Mundo!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Como o coroinha deve se comunicar?


Essa  questão referente é  clara, simples e direta. Porém, sua resposta é  um tanto complexa. E esta complexidade existe justamente por envolver outras aréas além da comunicação.  A maneira com a qual o coroinha deve se comunicar está também relacionada à sua postura e sua disciplina. Mediante isso, mostrarei o porquê do envolvimento dessas três áreas no setor comunicação.
            Como o próprio Fabiano disse em sua postagem, a postura dos coroinhas é de extrema importância, e numa celebração, qualquer movimento ou gestos desnecessários se tornam uma agressão à liturgia, pois tira o foco da assembléia. Que por sua vez, deve ser voltado diretamente e somente para o altar. Devido a isso, o coroinha servindo ao altar deve se postar e fazer o máximo possível para não se comunicar exageradamente. Devem existir a sincronia e a harmonia, se necessário a comunicação, que seja feito com o olhar.
            Não estando a serviço no altar, o coroinha deve manter sua postura e ter bastante disciplina. Seu comportamento deve ser exemplar, pois sua atitude é refletida em todos da pastoral. Por isso que chamamos de Corpo dos Coroinhas. Se uma parte desse corpo estiver com problemas, a mesma irá afetar direta ou indiretamente todo o resto. Então, todo e qualquer tipo de problemas envolvendo os coroinhas deve ser exposto aos coordenadores e ao Pároco da comunidade. O corpo de coroinha deve agir em comunhão, assim como,  os assuntos referentes aos coroinhas, devem ser resolvidos em uma reunião, e quase nunca devem ser abertos à comunidade.
            Contudo, deve-se ter uma boa relação entre todo o Corpo de Coroinhas, com o seu Pároco e com toda a comunidade. E para que essa relação seja harmoniosa, a comunicação é um fato primordial.
            Antes de tudo, é válido ressaltar que o coroinha deve se comunicar principalmente com Deus, e o seu serviço no altar deve ser sempre direcionado e guiado pelo amor de Deus e pelo seu sacrifício. 
            Na próxima semana falarei sobre a comunicação do coroinha com Deus.
Raphael Teixeira Alves

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Símbolos Litúrgicos

Vestes dos ministros ordenados

Amito Vêm do (latim amictus, anaboladium): é um rectângulo de tecido branco, normalmente de linho ou algodão e com uma cruz ao meio, tendo fitas ou cordões em duas das pontas. Serve para colocar à volta do pescoço, atando-se no peito com as fitas. Todos os ministros que vestem alva, podem vestir o amicto. O seu uso é obrigatório sempre que a alva ou túnica não cubra totalmente a roupa que se usa por debaixo na zona do pescoço.
O seu uso parece que não vai além do século VIII. A princípio colocava-se sobre a alva, e algumas vezes até sobre a casula e servia para cobrir a cabeça quando se ia ou vinha do altar; [...]. Hoje, segundo o rito romano, é o primeiro dos paramentos sagrados; colocado sobre as espáduas, fica entre as vestes ordinárias e a alva e restantes vestes sagradas. Colocava-se sobre a cabeça, simbolizando o capacete da fé, com que estamos armados contra as tentações; envolvendo o pescoço e protegendo-o contra os acidentes do ar, significa a moderação da voz, a prudência e discreção nas palavras. VASCONCELOS, Dr. António Garcia Ribeiro de, Compêndio de liturgia romana, vol. I, p. 99.
Ao vestir o amicto o ministro diz: "Senhor, colocai sobre a minha cabeça o capacete da salvação, para que possa repelir todos os assaltos diabólicos."
  • Alva ou túnica (lat. alba): é geralmente de tecido branco e cobre todo o corpo até aos pés. Veste-se sobre a batina ou outra roupa ordinária e sobre o amicto (se for usado). Simboliza a túnica branca vestida a Jesus Cristo em casa de Herodes. Além disso simboliza pela sua cor a pureza, candura e santidade de vida que deve ser apanágio do sacerdote; o linho, naturalmente impuro, mas embranquecido à custa de muitos esforços e trabalhos, completa o símbolo. VASCONCELOS, Dr. António Garcia Ribeiro de, Compêndio de liturgia romana, vol. I, p. 99.
Ao vesti-la o sacerdote diz: "Fazei-me puro, Senhor, e santificai o meu coração, para que, purificado com o sangue do Cordeiro, mereça gozar as alegrias eternas." Neste momento, o sacerdote despoja-se daquilo que é e, não obstante as suas falhas e pecados, ele celebrará na pessoa do próprio Cristo.
É importante não confundir a alva ou túnica com a batina, esta é de cor preta ou de outra cor (de acordo com dignidade eclesiástica) e usada por clérigos e seminaristas. A alva é usada apenas no momento da celebração e é sempre de cor branca ou clara (pérola, gelo, creme...).
Cíngulo ou cordão (lat. cingulum, baltheus, zona): é um cordão comprido que se usa como cinto; serve para cingir à cintura a alva.
O cordão é tão antigo como a alva; enquanto os próprios leigos usaram amplas túnicas, cingiam-se sempre com cintos ou cordões, sendo até considerado como sinal de desleixo e desonestidade o aparecer alguém em público sem andar cingido. Lembra as cordas com que foi preso Jesus no horto, e com que o ataram à coluna, bem como os instrumentos da flagelação. Também simboliza a continência e castidade a que são obrigados os ministros do santuário. VASCONCELOS, Dr. António Garcia Ribeiro de, Compêndio de liturgia romana, vol. I, p. 100.
O padre distingue-se pela Estola, que é a faixa vertical que desce do pescoço paralelamente e significa o poder da autoridade sacerdotal. A cor da estola varia de acordo com o tempo litúrgico.
Casula Usadas pelos Bispos, Papa e sacerdotes. É uma espécie de capa ou “poncho” . A cor varia conforme o tempo litúrgico mas com tonalidades mais vistosas e brilhantes, as vezes também pode ser dourada ou prateada, substituindo o Branco. É uma veste solene, devendo ser usada em dias especiais ou festivos, mas também em dias comuns, ao menos pelo sacerdote que preside à celebração a estola sempre deve estar por baixo.

     Objetos e locais

  • Altar: representa a mesa da Ceia do Senhor, onde Jesus instituiu a Eucaristia juntamente com seus discípulos e também o local do sacrifício do Cordeiro.
Geralmente fica num plano mais elevado para que possa ser visto por todos presentes
  • Toalha: Geralmente Branca, comprida, deve cobrir toda a mesa. Deve ser limpa, impecavelmente lavada e passada
  • Acitara: Véu usado na igreja para cobrir coisas sagradas.
  • Crucifixo: Sempre deve estar sobre o altar para lembrar que todo o mistério da redenção não deve ser separado da Eucaristia
  • Velas: A chama da vela significa a luz da Fé de todos os que estão presentes ali
  • Flores: Para ornamentação. Na época da quaresma e do Advento, exceto no Terceiro Domingo Gaudete, não se usam flores na Igreja.
  • Missal: Livro grande no qual o Padre segue a Missa. Ali está todo o rito da Missa, exceto as leituras do dia que estão em outro livro chamado Lecionário
  • Hóstias: Feitas de trigo puro sem fermento. Para os católicos depois da consagração são o Corpo de Jesus. A hóstia magna para o sacerdote é apenas para que possa ser vista de longe no momento da elevação. As pequenas são para a comunhão dos fiéis. Já estão fracionadas por praticidade e para que não se perca nenhum fragmento
Observação: Quem vai distribuir a Eucaristia deve antes purificar suas mãos, não apenas por questão de higiene mas também como sinal de purificação dos erros e pecados. Quando termina de distribuir a Eucaristia as mãos também devem ser lavadas (geralmente os dedos pois com eles que se pega a Eucaristia para distribuir) para que neles não fique nenhuma partícula.
  • Vinho: Deve ser puro de uva, sem acréscimo de álcool (apenas o álcool natural da própria uva). Após a consagração será o sangue de Jesus.
  • Cálice: Usado por Jesus na última Ceia, o cálice é um dos mais importantes objetos usados. Destina-se a receber o sangue de Jesus, sob a espécie do vinho. Os Cálices e outros Vasos Sagrados destinados a receber o Corpo e o Sangue de Cristo, tenham copa feita de matéria que não absorva líquidos, quebrem nem se alterem facilmente.
E também, sejam de Metal e sejam normalmente dourados por dentro, tratando-se de um metal oxidável; quando de metal inoxidável ou mais nobre que o ouro, não é necessária a douração.
Âmbula: Ou cibório. É semelhante ao cálice mas contém uma tampa. Nela colocam-se as hóstias para a distribuição e após a Missa são guardadas no sacrário . Podem ter diversas formas. São geralmente pratas ou douradas, e geralmente de material oxidável e dentro dourada.
Patena: É um pequeno prato bem raso. Sobre ele se coloca a hóstia usada pelo celebrante.
Pala: Um quadrado de cartolina revestido de tecido branco e serve para cobrir o cálice para não cair impurezas (poeira ou bichinhos) durante a Missa.
Sanguíneo: Uma "tira" ou toalha feita de linho segundo a Conferência Episcopal um pouco mais comprida branca. Serve para enxugar o interior do cálice e da âmbula. E também limpar a borda caso escorra. Nele o sacerdote enxuga os dedos e os lábios.
'Corporal: Uma toalha branca quadrada de linho e engomada. Chama-se corporal porque sobre ela se coloca o Corpo do Senhor que estão na âmbula e no cálice. É estendido pelo Sacerdote ou Diácono no centro do altar. Sobre ele ficarão as hóstias que serão consagradas no centro do altar. O Corporal recorda também o Santo Sudário onde foi envolvido Jesus logo que foi descido da cruz. Quando a comunhão é levada a doentes em hospitais ou em suas residências, os ministros cobrem a mesa com o corporal e colocam sobre ela a Teca com as hóstias já consagradas.
Manustérgio: Vem da palavra latina Manus que quer dizer mão. Uma toalha usada para enxugar as mãos dos ministros e sacerdotes durante a Missa.
Galhetas: São duas jarrinhas de vidro que ficam sobre o altar. Numa vai a água e na outra o vinho ainda não consagrado.
A água usada na celebração deve ser pura e natural. Serve para purificar as mãos do sacerdote após o ofertório, e dos ministros antes e depois as distribuição da Eucaristia. No momento da purificação o sacerdote profere baixo essas palavras: ”Lavai-me Senhor das minhas culpas e purificai-me dos meus pecados”
A água também é colocada no vinho (apenas algumas gotas) no momento do ofertório, antes da consagração para simbolizar a união da humanidade com a divindade de Jesus. Também é usada para purificar o cálice e a âmbula.
Sacrário: Palavra latina Sacrarium, significa lugar onde se guardam as coisas sagradas. Chamado também Tabernáculo, o sacrário é o lugar onde se conservam as hóstias já consagradas na Missa. O sacrário deve ser um recipiente seguro, bem fechado (a chave) e ornamentado. Deve ser colocado em lugar de honra nas Igrejas e capelas.
Luz ao lado do sacrário: geralmente vermelha significa que Jesus está ali presente
Ostensório: Estojo redondo, dourado ou prateado, artisticamente emoldurado (em forma de resplendor) e enfeitado, com pedestal e suporte. Uma hóstia grande é colocada bem no centro para ser vista pelos fiéis através do vidro redondo e ao mesmo tempo ficar protegida nas procissões ou adoração eucarística. É usado também quando o Sacerdotes dão a Benção solene com o Santíssimo Sacramento.
Teca: Recipiente redondo em forma de uma hóstia, feito de cor prateada ou dourada e deve ser feito de material digno e sólido segundo a Conferência Episcopal ou Costumes da região para outro material. Nela se guarda o Corpo de Cristo, para visitas aos Enfermos ou Viático.
Turíbulo: recipiente onde se queima o incenso usado nas celebrações litúrgicas, deve ser feito de metal e contém um "rito" próprio para seu uso com certas orações.
Naveta: recipiente onde fica o incenso antes de ser queimado no turíbulo, tradicionalmente tem formato de uma barca.
Liturgia: É o conjunto de cerimônias religiosas que foirmam o culto público e oficial que a Igreja presta a Deus.
Rito Significa Regra, forma de proceder durante as celebrações litúrgicas. O Rito mais usado pela Igreja Católica é o Romano, mas em outras existem outros ritos anteriormente explicados.
Curiosidades: Poucos sabem a forma como são lavados os panos usados na Missa (Sangüíneo, Corporal e Manustérgio).
Por conterem partículas da hóstia consagrada e do vinho consagrado elas são colocadas primeiramente de molho sem sabão, apenas com água separadas de outras peças.( e o sabão deve ser neutro)
A água onde elas ficaram de molho é jogada em uma terra ou vaso que contenha terra, ficam de molho novamente, a água vai novamente para a terra e depois sim lavadas com sabão normalmente.
Da mesma forma toda a água usada na Missa para purificação dos objetos e mãos não é jogada fora de qualquer forma e sim jogadas em vasos com terra ou diretamente na terra.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pequena explanação sobre gestos e posturas na liturgia eucarística

A liturgia é feita de sinais sensíveis que captamos mediante nossos cinco sentidos: tato, gosto, olfato, visão e audição. Cada um desses sentidos pode ser devidamente posto a serviço da celebração.
O olhar, tanto do presidente da celebração quanto de todos os membros da assembléia, deve ser expressão sincera do que as palavras dizem. Um olhar sereno, encorajador passará uma energia positiva a todos os participantes.
A audição é outro sentido que precisa ser valorizado na celebração: escutar os sons, a palavra de Deus proclamada e comentada. Escutar também o silêncio.
O tato, expressa mediante o toque a intensidade, o respeito, o modo como tocamos as pessoas e as coisas revelam o amor que temos por elas e indicam nosso grau de compreensão dos planos de Deus celebrados na liturgia.
O gosto e o olfato são dois sentidos um pouco esquecidos nas celebrações. Na comunhão eucarística o paladar tem seu lugar. É necessário que o pão seja pão e o vinho seja vinho. É conveniente que nossas assembléias eucarísticas comunguem também do vinho consagrado. Quanto ao olfato (cheirar), convém alargar o ouso de plantas aromáticas, flores naturais e recuperar o uso do incenso. O incenso é símbolo das preces que os fiéis elevam até Deus; da reverência às pessoas e aos objetos. Por isso se costuma incensar o altar, o livro dos evangelhos, os ministros e toda a assembléia participante.

Segundo afirmam as Instruções Gerais sobre o Missal Romano, “ a posição do corpo, que todos os participantes devem observar, é sinal da comunidade e da unidade da assembléia, pois exprime e estimula os pensamentos e sentimentos dos participantes” (n.20).

As principais posturas e gestos e seus respectivos significados:
a) Sinal da Cruz – não devemos faze-lo mal e depressa, porque estaremos demonstrando pouco respeito e, além disso, ele nada significará.
b) De pé – é a posição de Cristo Ressuscitado. Estar de pé simboliza prontidão, estamos prontos para caminhar em direção a Deus e aos irmãos. É também o símbolo da dignidade e liberdade humana. Além disso, ficamos de pé para acolher as pessoas, saúda-las ou parabenizá-las.
c) Sentados – é a atitude não só de quem ensina (Jesus “subiu ao monte, ao sentar-se... pôs-se a falar e os ensinava”)Mt. 5, 1-2 mas, também de quem ouve (“Maria ficou sentada aos pés do Senhor, escutando-lhe a palavra”) Lc 10,39. Por isso, os fiéis, durante a missa, sentam para ouvir as leituras (menos o evangelho), e a homilia. É também atitude de quem medita e fala com Deus.
d) Ajoelhados – o rezar ajoelhado revela principalmente espírito de humildade e reconhecimento dos próprios erros (penitência); expressa o ato de profunda adoração a Deus e também é atitude de quem reza individualmente (ao entrar na igreja, as pessoas geralmente se ajoelham e rezam em silêncio).
e) Prostar-se – a prostação é o ato de deitar de bruços no chão. É realizado no
início da ação litúrgica da sexta-feira santa, nas ordenações de bispos,
presbíteros e diáconos e em profissões religiosas significando entrega total a
Deus.
f) Fazer genuflexão – indica humildade, submissão ao outro. É o ato de dobrar os
joelhos. Ao entrar na igreja, normalmente as pessoas se dirigem para diante do
sacrário e aí fazem genuflexão. Com isso querem expressar sua fé na presença
do Cristo ressuscitado. Costuma-se também fazer genuflexão ao passar diante do
Santíssimo Sacramento exposto.
g) Vênia ou Reverência - é um sinal de respeito às coisas sagradas, faz-se
dobrando a cabeça e os ombros diante da cruz, do altar e quando ocorre o nome
da Santíssima Trindade e os nomes de Jesus, de Maria e do Santo do Dia.
Atualmente vai-se alargando o costume de inclinar-se diante da cruz e mesmo
diante do sacrário. A inclinação tem a força de uma saudação cordial e, em nossa
cultura, ela parece mais adequada do que a genuflexão para expressar esse
sentido.
h) Beijo no altar – o altar representa Cristo, que se sacrificou ao Pai; ao beijar o
altar, não se está beijando uma toalha ou uma mesa, mas o próprio Jesus.
i) Atitudes – sinal da cruz, aperto de mão para desejar a paz, posição das mãos em
certas orações, sentar-se, levantar-se, ajoelhar-se...

Matheus Peçanha

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Posturas Do Coroinha Durante a Missa

Iniciamos hoje a Série Posturas do Coroinha.Toda Terça-Feira trataremos sobre uma postura diferente,hoje trazemos a postura do coroinha sentado e de pé.
A postura de um coroinha durante a celebração é muito importante, pois como é uma pessoa que trabalha diretamente no altar, todos na assembléia vêm seus movimentos, seja lá quais forem.

SENTADO: É uma posição cômoda que favorece a catequese, boa para a gente ouvir as Leituras, a homilia e meditar. É a atitude de quem fica à vontade e ouve com satisfação, sem pressa de sair.

DE PÉ: É uma posição de quem ouve com atenção e respeito, tendo muita consideração pela pessoa que fala. Indica prontidão e disposição do "orante". A Bíblia diz: "Quando vos puserdes em pé para orar, (...)" (Mc 11,25). Falando dos bem-aventurados, João vê uma multidão, de vestes brancas, "de pé, diante do Cordeiro", que é Jesus (Ap 7,9).

É sempre bom lembrar que na Igreja gestos e posturas são de grande valor,pois al se expressam sinais no qual pode levar o nosso irmão a ver o valor daquela postura,como também pode tirar a atenção dos irmãos na assembléia  ou mesmo no presbitério, onde é sempre bom lembrar que devemos ter todo cuidado e zelo pela postura na qual tomamos lá pois como  bem sabemos participamos cada vez mais próximo do santo sacríficio.
Seja sentado ou de pé devemos saber que ali expressamos sinais e posturas de oração onde deve estar voltada a nossa atenção ao Cristo Senhor que se faz presente na eucaristia.


"Zelus domus tuae comedit me" Salmo 69,10

Fabiano Macedo

domingo, 14 de agosto de 2011

A Espiritualidade do Coroinha

Por atuar diretamente nos serviços do altar a espiritualidade central do chamado a dar testemunho da presença real de Cristo na Eucaristia e das bênçãos que Ele derrama em sua Igreja.

A espiritualidade do Coroinha é a espiritualidade eucarística. O Coroinha, em cada celebração eucarística, torna-se pequeno guardião e defensor da sacralidade da Eucaristia.
A Espiritualidade do Coroinha brota do exemplo de seu padroeiro: São Tarcísio.
Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma, era acólito, isto é, coroinha na igreja. No decorrer da terrível perseguição do imperador Valeriano, muitos cristãos estavam sendo presos e condenados à morte. Nas tristes prisões à espera do martírio, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Cristo Eucarístico. O difícil era conseguir entrar nas cadeias para levar a comunhão. 

Nas vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como levar o Pão dos Fortes à cadeia. Foi então que o acólito Tarcísio, com cerca de 12 anos de idade, ofereceu-se dizendo estar pronto para esta piedosa tarefa. Relativamente ao perigo, Tarcísio afirmava que se sentia forte, disposto antes morrer que entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos. 

 Comovido com esta coragem, o papa entregou numa caixinha de prata as Hóstias que deviam servir como conforto aos próximos mártires. Mas, passando Tarcísio pela via Ápia, uns rapazes notaram seu estranho comportamento e começaram a indagar o que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos. Ele, porém, negou-se a responder, negou terminantemente. Bateram nele e o apedrejaram. Depois de morto, revistaram-lhe o corpo, nada achando com referência ao Sacramento de Cristo.

Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o levou às catacumbas, onde recebeu honorifica sepultura.Ainda se conservam nas catacumbas de São Calisto inscrições e restos arqueológicos que atestavam a veneração que Tarcísio granjeou na Igreja Romana. Tarcísio foi declarado padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar. Mais uma vez encontramos a importância da Eucaristia na vida do cristão e vemos que os santos existem não para serem adorados, mas para nos lembrar que eles também tiveram fé em Deus.

Eles são um exemplo de fé e esperança que deve permanecer sempre com as pessoas. Então, a exemplo de São Tarcísio, estejamos sempre dispostos a ajudar, a servir. Se cada um fizer a sua parte realmente nos tornaremos um só em Cristo.

sábado, 13 de agosto de 2011

Colaboradores

Para manter o blog da Pastoral dos Coroinhas, contamos com uma Equipe de modo que você todos os dias vai poder contar com um artigo pelo qual Deus estará falando. Durante a reunião do dia 12 de Agosto definimos com quem estava presente o dia de cada um escrever e postar seu artigo.
Segunda-feira: Padre Antônio Aguiar - Espiritualidade
Terça-feira: Fabiano - Posturas no altar
Quarta-feira: Matheus - Formação Litúrgica
Quinta-feira: Cícero - Símbolos Litúrgicos
Sexta-feira: Rafael - Como o Coroinha deve se comunicar?
Sábado: Tafarel - Maria na vida do Coroinha
Domingo: Gilson - Disciplina
Padre Antônio Aguiar

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O ALTAR

Durante o Retiro para o Clero de Niterói, Dom Antônio Keller - Bispo de Frederico Westfallen - RS, disse algumas frases em relação ao Altar que penso pode ajudar a você coroinha a refletir sobre seu chamado a servir no Altar de Nosso Senhor. Aqui trago algumas:
"O lugar onde deve se encontrar o Padre é o altar. Nós valeríamos uma única Missa, pois ela tem um valor infinito, capaz de levar o mundo inteiro para o céu".
"Não tenho o direito de ir 'relaxado' ao altar".
"O Altar é o lugar do padre".
"Em torno do altar o padre reúne a comunidade cristã que se orienta para Cristo".
"A generosidade do padre nasce do altar".
"O decoro do Altar é uma forma de demonstrar o Amor a Jesus Sacramentado nas pequenas coisas".

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um Coroinha Beatificado


Beatos Mártires Pe. Manuel Gomez Gonzalez e
Coroinha Adílio Daronch
de Nonoai, RS
Há oitenta anos, no sertão do Alto Uruguai, região norte do Estado do Rio Grande do Sul, dava-se um crime bárbaro: Pe. Manuel Gómez González e seu coroinha Adílio Daronch eram assassinados com requerentes de crueldade. Este tempo não foi suficiente para apagar da memória popular o exemplo de coragem, profetismo e espírito missionário dos Mártires do Alto Uruguai.
 Pe. Manuel Gomez Gonzalez, filho de José e Josefa, nasceu em 29 de maio de 1877, em São José de Ribarteme, Diocese de Tuy, na Espanha. Recebeu o batismo no dia seguinte. Seu sonho de menino de ser padre realizou-o em 24 de maio de 1902.
Em 1904, depois de exercer seu ministério sacerdotal em sua terra natal, passou para a Arquidiocese de Braga, Portugal, onde foi pároco das Paróquias Nossa Senhora do Extremo (1905-1911), e de Santo André e São Miguel de Taias e Barrocas (1911-1913).
Em 1913, devido à perseguição religiosa à Igreja Católica Portuguesa, obteve licença para vir ao Brasil. Chegando ao Brasil, apresenta-se ao Bispo de Rio de Janeiro e é encaminhado ao Bispo de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que o nomeia pároco de Soledade - RS em 23 de janeiro de 1914.
Há 29 de dezembro de 1915 é nomeado pároco da Paróquia de Nonoai, região norte do estado. Em Nonoai desempenhou sua missão evangelizando seu povo com esmero e dedicação até 1924.
No exercício de seu ministério em Nonoai se cruzam os caminhos de Pe. Manuel e de Adílio Daronch, outro jovem mártir. Adílio nasceu no dia 25 de outubro de 1908, em Dona Francisca, Município de Cachoeira do Sul – RS. Seus pais, Pedro Daronch e Judite Segabinazzi, tinham 08 filhos: Ermínia, Abílio, Adílio, Zulmira, Anita, Carmelinda, João e Vilma. Em 1911, a família transferiu-se para Passo Fundo e, em 1913, para Nonoai. Fazia parte do grupo de adolescentes que acompanhavam o Pe. Manuel em visita às comunidades do interior, inclusive a dos índios Kaingang. Além de servir o Altar, Adílio e outros colegas, eram alunos da escola pelo padre fundada e dos quais era também professor.
Pe. Manuel sabia do perigo que enfrentava. Não foi nada fácil como ele próprio expressa numa de suas cartas, datada há 11 de janeiro de 1916, a Dom Miguel Lima Verde, bispo de Santa Maria: "Com bastante dificuldade terei que lutar, mas tudo desaparecerá com a ajuda de Deus"(Carta ao Bispo de Santa Maria, D. Miguel de Lima Valverde, datada de 11 de janeiro de 1916). Pe. Manuel refere-se ao contexto histórico da Revolução de 1923.
Enio Felipin e Teresinha Derosso, em recente publicação, descrevem esse cenário com detalhes: "O Rio Grande do Sul viu seu chão, manchado pelo sangue de homens, tombados pela cruel Revolução de 1893, que teve como marca a degola, dilacerando vidas e trazendo desgraça e tristeza para muitas famílias. Essa Revolução deixou sentimentos de vingança e violência em muitos corações, que teve quase continuidade na Revolução de 1923, ocorrendo nesta, muito banditismo misturado às causas do combate. Homens violentos e vingativos, sem seleção alguma, integravam os corpos provisórios da infantaria, espalhando a morte e o terror por onde passavam... A região norte do Estado, o Alto Uruguai, foi a primeira a sofrer pela revolução, por anos de sangue, saques e baixas vinganças. As cidades de Passo Fundo e Palmeira das Missões foram atacadas pelos caudilhos Mena Barreto e Leonel da Rocha. O general Fermino de Paula defendeu Passo Fundo e o general Valzumiro Dutra defendeu Palmeira. Eram maragatos e chimangos promovendo cenas de sangue, fazendo o povo sofrer muito. Até o padre Manuel Roda, pároco de Palmeira, sofreu perseguições pelos revolucionários, retirando-se para a Argentina".
Em 1924, devido à vacância da Paróquia de Palmeira das Missões, o Bispo de Santa Maria, determinou ao Pe. Manuel para atender os cristãos do sertão do Alto Uruguai. Lá foi ele com a missão de batizar, celebrar casamentos e primeiras comunhões, e catequizar o povo daquela vasta região, mas sabendo do perigo que devia enfrentar. Noutra carta expressa sua angústia: "Devido ao meu estado de saúde, a anormalidade deste município e não havendo garantias de vida, por estar toda esta zona desde Nonohay até Palmeira em poder dos revolucionários... e temendo ser agredido na estrada... ou ficar de a pé, suplico a Vossa Excelência Reverendíssima, humildemente me dispense deste cargo ao menos enquanto durar este estado anormal..."(Carta ao Bispo de Santa Maria, datada há 08 de agosto de 1923). Encorajado pela fé pôs-se à missão.
Foi a caminho dessa missão e numa perseguição pelas comunidades de colonos, próximo de Três Passos, distante 250km de Nonoai, sua paróquia, que Pe. Manuel e seu coroinha Adílio caíram numa emboscada armada por soldados provisórios. Foram amarrados, maltratados... Tudo terminou com dois tiros no sacerdote e três tiros no menino de 15 anos. Era dia 21 de maio de 1924. Foram sepultados no mesmo cemitério que iriam abençoar.
Podemos suplicar a intercessão do Beato Coroinha Adilio rezando: "Ó Deus de Bondade, que vos comprazeis em acudir às necessidades de vosso povo em atenção aos méritos dos justos, concedei-nos por intermédio dos Beatos Mártires, Manuel e Adílio, a graça que vos pedimos, pois eles foram fiéis na terra, testemunhando com o próprio sangue sua fé no Redentor. Fazei que para maior glória e proveito dos fiéis, sejam glorificados na terra com a honra da canonização. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém