segunda-feira, 31 de outubro de 2011

DISPOSIÇÃO INTERIOR

Minhas postagens - é o que que vem ao coração - precisam ser em cima daquilo que venho observando sobre os coroinhas, tentando levar a uma reflexão que possa ajudar numa mudança de atitudes, pensamentos e comportamentos. Já falamos em nossas duas últimas postagens sobre a oração antes da missa, isso é, sobre o comportamento que eu devo ter antes da celebração da Missa, a mim que vou servir ao altar, e, sobre a atitude que devo ter após a Missa.
Devo ter sempre claro, que a Eucaristia ou  Santa Missa, não é apenas um Mistério, mas o Maior de todos os Mistérios, o maior de todos os milagres, pois trata-se do mesmo sacrifício que Jesus ofereceu por nós na cruz:
Catecismo da Igreja Católica 1367: "O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício: "É uma só e mesma vítima, é o mesmo que oferece agora pelo ministério dos sacerdotes, que se ofereceu a si mesmo então na cruz. Apenas a maneira de oferecer difere". "E porque neste divino sacrifício que se realiza na missa, este mesmo Cristo, que se ofereceu a si mesmo uma vez de maneira cruenta no altar da cruz, está contido e é imolado de maneira incruenta, este sacrifício é verdadeiramente propiciatório".
Desta forma, quando subo o altar, estou como que subindo ao calvário para participar espiritualmente do sacrifício de Jesus na cruz que se oferece no altar.  Daí ser muito importante rever com que DISPOSIÇÃO INTERIOR estou eu participando da celebração do Santo Sacrifício. Pois dela depende também os frutos que desta Santa Celebração vou receber.
Para que você entenda isso vou contar uma estória. Uma mulher participava da Santa Missa todos os dias. E quando chegava em casa ela colocava sempre um bago de milho pois pensava consigo: "Quando eu morrer, vou poder apresentar a Jesus o numero de missas das quais participei". Pois bem, um dia ela morreu já idosa e os curiosos foram abrir o cofre para ver quantos bagos de milho haviam. E quantos haviam? Apenas um. Era a única Missa da qual participara com toda atenção de coração e da alma, com toda atenção do mundo.
Concluindo: "COM QUE ATENÇÃO VOCÊ TEM PARTICIPADO DA SANTA MISSA COMO COROINHA? COMO VOCÊ DESCREVE SEU COMPORTAMENTO? SUA MANEIRA DE ESTAR NO ALTAR TEM AGRADADO A DEUS?
PADRE ANTONIO AGUIAR

domingo, 30 de outubro de 2011

A Ceia do Senhor é Apenas Simbólica?

Em uma palavra: Não.

Se há uma doutrina da Igreja histórica que tem sido firme durante dois milênios, é a da presença real de Cristo na Eucaristia (a Ceia do Senhor). Mas essa posição histórica não é como canibalismo? Se você pensa assim, não está sozinho. De fato, quando Jesus falou:

“Eu sou o pão da vida. Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu der, é a minha carne para a salvação do mundo” (Jo 6,48-51).

Muitos dos ouvintes ficaram estarrecidos. Ouviram com seus próprios ouvidos que Jesus disse que eles deveriam comer Sua carne. Depois de escutar isso, e interrogando-se uns aos outros, Jesus acaso disse aos ouvintes: “Desculpa, Eu estava falando simbolicamente…”? Não, ao invés disso, Ele foi ainda mais direto:

“Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida” (Jo 6 55).

Após dizer isto, muitos daqueles que o haviam seguido ficaram desapontados. Se fosse um simples mal entendido, por que Jesus não emendou suas palavras para torná-las claras? A verdade é que Jesus estava sendo claro, cristalinamente claro. O povo entendeu seu significado, mas não o pôde aceitar. No que acreditou a Igreja Apostólica sobre este assunto? São Paulo escreveu:

“O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?” (1Cor 10,16)

Em lugar de “comunhão” outras traduções usam a palavra “participação”. Por que o apóstolo não explicou e disse que isso era meramente simbólico? Mais tarde, ele diz:

“Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação.” (1Cor 11,29)

Se é um simples símbolo, por que a linguagem sobre “distinguir o corpo do Senhor”?

Finalmente, vejam os seguintes Padres da Igreja: Inácio de Antioquia (ano 110), Justino mártir (ano 151), Ireneu de Lião (ano 189), Ambrósio (ano 390), Agostinho (ano 411); todos eles fazem eco ao que a Igreja Apostólica sempre ensinou: o Corpo de Cristo e seu sangue estão presentes na Eucaristia. Não foi senão na Reforma que este assunto foi posto em discussão, com Lutero acreditando na presença física de Cristo na Eucaristia, Calvino acreditando na presença espiritual de Cristo na Eucaristia, e Zwínglio chamando-a apenas de um “memorial”. O que é mais verdadeiro: o consistente ensinamento da Igreja, durante dois milênios, ou as opiniões conflitantes dos três Reformadores?

A presença real de Cristo na Última Ceia é uma doutrina fundamental cristã que consta nas Escrituras e foi ensinada permanentemente através da história.

Fonte: Site “Glory to Jesus Christ!”. Tradução: José Fernandes Vidal.

sábado, 29 de outubro de 2011

Adoração dos Coroinhas

Hoje de manhã tivemos a Adoração dos Coroinhas. Foram sete Paróquias que se fizeram presentes e cerca de 30 coroinhas. Foi um momento forte de oração. Deus abençoe aos presentes e aos ausentes. Prometi colocar o roteiro de Adoração aqui. (Padre Antônio Aguiar)
RITO DE EXPOSIÇÃO
Graças e louvores sejam dadas a cada momento: Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento (Incensação)
Canto
Oração inicial:
Meu Senhor Jesus Cristo, que, por amor dos homens ficais dia e noite, nesse Sacramento, rico em misericórdia e amor, esperando, chamando e acolhendo todos os que vêm visitar-Vos. Eu creio que estais presente neste Sacramento do altar. Adoro-vos profundamente do abismo do meu nada e graças vos dou, por todos os benefícios, especialmente por Vos terdes dado a mim nesse sacramento, por me haverdes concedido por advogada Maria, vossa Mãe santíssima e, finalmente, por me haverdes chamado a visitar-vos nesta Igreja.

Primeira Parte
Pedir perdão ao Senhor por não estar respondendo sinceramente ao chamado que ele me fez?
Algumas perguntas para ajudar a reflexão:
1-Sou agradecido ao Senhor por me ter chamado a participar do ministério do servir no altar?
2-Para mim ser coroinha é uma graça, uma benção oferecida por Deus ou um peso?
3- Fico reclamando, murmurando quando sou escalado para servir na Missa num horário em que eu gostaria?
4- Tenho feito minha vida de oração pessoal todos os dias, ou minha vida de oração se resume “apenas” à missa em que eu sirvo?
5- Como é minha postura no altar: distraído? Fico de conversa? De brincadeira? Trato com respeito os vasos sagrados? Sou irreverente com a pessoa do padre? Ou indiferente para com  o mesmo?
6-E fora do altar? Como eu me comporto?
Canto de Perdão
Rezar Salmo 50
Segunda parte
Ação de Graças
1-Ser coroinha é um chamado de Deus, uma Missão que Deus me confia. Agradeça a Deus por ele ter se dignado chamar você para participar junto dos teus santos mistérios.
“Senhor, muito obrigado.....” (Oração espontânea) Padre fala e os demais repetem.
Canto de Agradecimento
Terceira Parte
Momento da Consagração
Vamos consagrar o nosso Ministério a Jesus Sacramentado.
“Senhor Jesus, eu acredito que o Senhor está realmente presente em Corpo e Sangue, Alma e Divindade no Santíssimo Sacramento do Altar e que estou diante do Senhor neste momento, como um dia estarei diante de vós no céu. Muitas dificuldades existem na minha vida e numerosos são os desafios para que eu possa cumprir com exatidão, amor e compromisso a vocação que me chamastes de vos servir no altar. Por isso, hoje, eu.... (dizer o nome), consagro a Vós o meu chamado, o serviço que lhe presto, a minha vocação, o meu presente e o meu futuro, o meu pároco, a minha paróquia, a minha vida. Jesus, eu te declaro Senhor da minha vocação. Quero vos servir enquanto assim puder com alegria e generosidade. Amém”.
Canto – Venho Senhor me ofertar, a minha vida consagrar (Eliana Ribeiro)
Terço da Misericórdia
BENÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO.
 V.: Oremos pelo nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI.
R.: o Senhor o guarde e lhe conceda longa vida, torne-o feliz na terra e não o deixe cair sob a ira dos seus inimigos.

V.: Tu és Pedro (aleluia).
R.: E sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. (aleluia)

Oremos: Deus, pastor e guia de todos os fiéis, olhai propício para o vosso servo o Papa Bento XVI, que constituístes pastor de vossa Igreja. Concedei-lhe, vos suplicamos, a graça de edificar seus súditos com suas palavras e exemplos, a fim de que, com o rebanho que lhe foi confiado, alcance a vida eterna. Por Cristo, Senhor nosso.
R.: Amém.

V.: Oremos por nosso (arce) bispo Dom...
R.: Que ele permaneça firme e apascente o seu rebanho na vossa fortaleza, Senhor, na sublimidade de vosso nome.

V.: Tu és sacerdote para sempre, (aleluia).
R.: Segundo a ordem de Melquisedeque.
 Oremos: Ó Deus que velais sobre o vosso povo com bonda­de e o conduzis com amor, dai o Espírito de sabedoria e a abundância de vossas graças a vosso servo Dom..., nosso prelado, a quem confiastes o cuidado de nossa direção espiri­tual, para que ele cumpra fielmente junto de nós os deveres do ministério sacerdotal e receba na eternidade a recompen­sa de um fiel dispensador. Por Cristo, Senhor nosso.
R.: Amém.
 TÃO SUBLIME SACRAMENTO (canto)
 Tão sublime sacramento
adoremos neste altar.
Pois o Antigo Testamento
deu ao novo o seu lugar.
Venha a fé, por suplemento
os sentidos completar.
 Ao Eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador:
ao Espírito exaltemos,
na Trindade eterno amor; Ao Deus Uno e trino demos
a alegria do louvor. Amém.

V.: Do céu lhes destes o Pão. (aleluia)
R.: Que contém todo sabor. (aleluia)

Oremos: Deus, que neste admirável Sacramento, nos deixastes o memorial da vossa paixão, concede i-nos tal vene­ração pelos sagrados mistérios do vosso Corpo e do vosso Sangue, que experimentemos sempre em nós a sua eficácia redentora. Vós, que viveis e reinais pelos séculos dos sécu­los. R.: Amém.

Bendito seja Deus.
Bendito seja o seu Santo Nome.
Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Bendito seja o nome de Jesus.
Bendito seja o seu Sacratíssimo Coração.
Bendito seja o seu preciosíssimo sangue.
Bendito seja Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do altar.
Bendito seja o Espírito Santo Paráclito.
Bendita seja a grande Mãe de Deus Maria Santíssima.
Bendita seja a sua Santa Imaculada Conceição.
Bendita seja a sua gloriosa Assunção.
Bendita seja o nome de Maria Virgem e Mãe.
Bendito seja São José, seu castíssimo esposo.
Bendito seja Deus nos seus Anjos e nos seus Santos.
 Deus e Senhor nosso protegei a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros. Derramai as vossas bênçãos, sobre o nosso santo padre, o Papa Bento XVI, sobre o nosso (arce) bispo, e (seus bispos auxiliares) sobre o nosso Pároco, sobre todo clero sobre o chefe da Nação e do Estado, e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade para que governem com justiça. Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa. Favorecei, com os efeitos contínuos de vossa bondade, o Brasil, este (arce) bispado, a paróquia em que habitamos, a cada um de nós em particular, e a todas as pessoas por quem somos obrigados a orar ou que se reco­mendaram às nossas orações. Tende misericórdia das almas dos fiéis que padecem no purgatório. Dai-lhes, Senhor, o des­canso e a luz Eterna.

Pai nosso... Ave Maria... Glória ao Pai.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Cerimoniário

Cerimoniário é a mesma coisa que Acólito ?

Não necessariamente.Os cerimoniários são aqueles que coordenam as celebrações, organizando todas as suas partes, até mesmo o ministério dos acólitos.
Cerimoniários auxiliando o Papa na Missa de Lava Pés na Quinta-Feira Santa
Acólitos, ainda que não instituídos, são todos aqueles que servem ao Celebrante e os Diáconos na missa nas diversas funções como: turiferário, naviculário, cruciferário, ceroferários, etc. Ou seja, podemos também chamar com o nome de acólito, ainda que não seja instituído, os coroinhas que servem ao altar.

Acólitos (Não instituídos) ou Coroinhas
 Nada impedindo que alguém que sirva ordinariamente como Acólito, oficie como Cerimoniário nas ocasiões solenes nas paróquias.

O que veste o cerimoniário ?

O 'Cerimonial dos Bispos' diz que o cerimoniário se veste com alva (podendo ser acompanhada de amito) ou com batina e sobrepeliz. Sendo costume no nosso Vicariato que os Cerimoniários usem batina vermelha e sobrepeliz branca.


Alva ou Túnica
Amito


Batina Vermelha com Sobrepeliz Branca


Fonte: http://www.salvemaliturgia.com/2011/07/cerimoniario.html


Compila: Pablo Barbosa Bueno
Introibo ad altare Dei, Ad Deum qui laetificat juventutem meam.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ADORAÇÃO PARA TODOS OS COROINHAS DO VICARIATO DE SÃO GONÇALO

ATENÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
IMPORTANTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ADORAÇÃO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
NESTE SÁBADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
DIA 29 DE NOVEMBRO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ÁS 9 HORAS DA MANHÃ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
LOCAL: PARÓQUIA DE SÃO GONÇALO
SUA PRESENÇA É IMPORTANTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Viver a Missa

Poucas pessoas percebem que depois de terem participado da Santa Missa, são convidados a viver a Missa que participou na vida cotidiana. E dentre essas poucas pessoas, muitos coroinhas também não percebem isso. Há uma música antiga que diz: "A Missa terminou, nos vamos retirar. Senhor que a tua benção nos venha acompanhar. Voltamos para casa com Deus no coração. A Missa terminou começou nossa Missão". Quem participa da celebração da Santa Missa volta para casa com Deus no coração - tenha feito a comunhão sacramental ou tenha feito a comunhão espiritual. Aí começa sua Missão: levar esta presença de Deus que está em seu coração nos diversos lugares e realidades em que estiver. Por isso, uma pergunta sempre me tem vindo ao coração: "O coroinha está ciente de que precisa viver a Missa que celebra? Ele diante dos amigos, dos estudos, da internet, nas festas, etc... se comporta da mesma maneira como quando está no altar? Ou não?"
Penso ser esta pergunta para você coroinha muito importante. Encontrar uma resposta que possa o ajudar na direção da vida e ao mesmo tempo a corrigir eventuais direções já dadas, é urgente para que possa voce resgatar a identidade do coroinha na sua vida. Estarei rezando por voce.
Padre Antônio Aguiar

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

"Missa é como um poema, não permite enfeite nenhum" (Adélia Prado)





Escritora brasileira defende resgate da beleza na celebração da liturgia

Por Alexandre Ribeiro

APARECIDA, domingo, 2 de dezembro de 2007 (ZENIT.org).- Ao defender o esmero com as celebrações litúrgicas e a beleza como uma «necessidade vital» que deve permeá-las, a escritora brasileira Adélia Prado afirma que «a missa é como um poema, não suporta enfeite nenhum».
«A missa é a coisa mais absurdamente poética que existe. É o absolutamente novo sempre. É Cristo se encarnando, tendo a sua Paixão, morrendo e ressuscitando. Nós não temos de botar mais nada em cima disso, é só isso», enfatiza.
Poeta e prosadora, uma das mais renomadas escritoras brasileiras da atualidade, Adélia Prado, 71 anos, falou sobre o tema da linguagem poética e linguagem religiosa essa quinta-feira, em Aparecida (São Paulo), no contexto do evento «Vozes da Igreja», um festival musical e cultural.
Ao propor a discussão do resgate da beleza nas celebrações litúrgicas, Adélia Prado reconheceu que essa é uma preocupação que a tem ocupado «há muitos anos». «Como cristã de confissão católica, eu acredito que tenho o dever de não ignorar a questão», disse.
«Olha, gente – comentou com um tom de humor e lamento –, têm algumas celebrações que a gente sai da igreja com vontade de procurar um lugar para rezar.»
Como um primeiro ponto a ser debatido, Adélia colocou a questão do canto usado na liturgia. Especialmente o canto «que tem um novo significado quanto à participação popular», ele «muitas vezes não ajuda a rezar».
«O canto não é ungido, ele é feito, fazido, fabricado. É indispensável redescobrir o canto oração», disse, citando o padre católico Max Thurian, que, observador no Concílio Vaticano II ainda como calvinista, posteriormente converteu-se ao catolicismo e ordenou-se sacerdote.
Adélia Prado reforçou as observações, enfatizando que «o canto barulhento, com instrumentos ruidosos, os microfones altíssimos, não facilita a oração, mas impede o espaço de silêncio, de serenidade contemplativa».
Segundo a poeta, «a palavra foi inventada para ser calada. É só depois que se cala que a gente ouve. A beleza de uma celebração e de qualquer coisa, a beleza da arte, é puro silêncio e pura audição».
«Nós não encontramos mais em nossas igrejas o espaço do silêncio. Eu estou falando da minha experiência, queira Deus que não seja essa a experiência aqui», comentou.
«Parece que há um horror ao vazio. Não se pode parar um minuto». «Não há silêncio. Não havendo silêncio, não há audição. Eu não ouço a palavra, porque eu não ouço o mistério, e eu estou celebrando o mistério», disse.
De acordo com a escritora mineira (natural de Divinópolis), «muitos procedimentos nossos são uma tentativa de domesticar aquilo que é inefável, que não pode ser domesticado, que é o absolutamente outro».
«Porque a coisa é tão indizível, a magnitude é tal, que eu não tenho palavras. E não ter palavras significa o quê? Que existe algo inefável e que eu devo tratar com toda reverência.»
Adélia Prado fez então críticas a interpretações equivocadas que se fizeram do Concílio Vaticano II na questão da reforma litúrgica.
«Não é o fato de ter passado do latim para a língua vernácula, no nosso caso o português, não é isso. Mas é que nessa passagem houve um barateamento. Nós barateamos a linguagem e o culto ficou empobrecido daquilo que é a sua própria natureza, que é a beleza.»
«A liturgia celebra o quê?» – questionou –. «O mistério. E que mistério é esse? É o mistério de uma criatura que reverencia e se prostra diante do Criador. É o humano diante do divino. Não há como colocar esse procedimento num nível de coisas banais ou comuns.»
Segundo Adélia, o erro está na suposição de que, para aproximar o povo de Deus, deve-se falar a linguagem do povo.
«Mas o que é a linguagem do povo? É aí que mora o equívoco», – disse –. «Não há ninguém que se acerca com maior reverência do mistério de Deus do que o próprio povo».
«O próprio povo é aquele que mais tem reverência pelo sagrado e pelo mistério», enfatizou.
«Como é que eu posso oferecer a esse povo uma música sem unção, orações fabricadas, que a gente vê tão multiplicadas e colocadas nos bancos das igrejas, e que nada têm a ver com essa magnitude que é o homem, humano, pecador, aproximar-se do mistério.»
Segundo a escritora brasileira, barateou-se o espaço do sagrado e da liturgia «com letras feias, com músicas feias, comportamentos vulgares na igreja».
«E está tão banalizado isso tudo nas nossas igrejas que até o modo de falar de Deus a gente mudou. Fala-se o “Chefão”, “Aquele lá de cima”, o “Paizão”, o “Companheirão”.»
«Deus não é um “Companheirão”, ele não é um “Paizão”, ele não é um “Chefão”. Eu estou falando de outra coisa. Então há a necessidade de uma linguagem diferente, para que o povo de Deus possa realmente experimentar ou buscar aquilo que a Palavra está anunciando», afirmou.
Para Adélia Prado, «linguagem religiosa é linguagem da criatura reconhecendo que é criatura, que Deus não é manipulável, e que eu dependo dele para mover a minha mão».
Com esse espírito, enfatizou, «nossa Igreja pode criar naturalmente ritos e comportamentos, cantos absolutamente maravilhosos, porque verdadeiros».
Ao destacar que a missa é como um poema e que não suporta enfeites, Adélia Prado afirmou que a celebração da Eucaristia «é perfeita» na sua simplicidade.
«Nós colocamos enfeites, cartazes para todo lado, procissão disso, procissão daquilo, procissão do ofertório, procissão da Bíblia, palmas para Jesus. São coisas que vão quebrando o ritmo. E a missa tem um ritmo, é a liturgia da Palavra, as ofertas, a consagração… então ela é inteirinha.»
«A arte a gente não entende. Fé a gente não entende. É algo dirigido à terceira margem da alma, ao sentimento, à sensibilidade. Não precisa inventar nada, nada, nada», disse Adélia.
E encerrou declamando um poema seu, cujo um fragmento diz:
"Ninguém  o cordeiro degolado na mesa,
sangue sobre as toalhas,
seu lancinante grito,
ninguém”.
FONTE:http://www.zenit.org/article-16922?l=portuguese

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Oração depois da Missa

Olá, hoje retornamos com nosso bate papo. O assunto hoje é oração depois da Missa. Ela é importante? Sim. A Igreja a chama: "Ação de Graças", pois é o momento em que vou agradecer a Ele por todas as graças a mim concedida durante a celebração da Missa, de modo particular, a honra de o poder ter servido no altar do sacrifício.
A Igreja nos apresenta  algumas orações como:
Era costume rezar estas orações ao término das missas. Alguns devotos de São Miguel têm retomado esta prática piedosa.
(Rezar após o término da Missa, se possível diante do Santíssimo)

3 Ave Marias
Salve Rainha

Oremos: Deus, refúgio e fortaleza nossa, atendei propócio aos clamores de vosso povo, e, pela intercessão da gloriosa e Imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus, e do bem-aventurado São José, esposo de Maria, de vossos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e de todos os Santos, ouvi benigno e misericordioso as súplicas que do fundo da alma Vos dirigimos, pela conversão dos pecadores, pela liberdade e exaltação da Santa Igreja.
Pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor. Amém.
São Miguel Arcanjo, defendei-nos neste combate; sede nosso auxílio contra as maldades e ciladas do demônio. Instante e humildemente vos pedimos que Deus sobre ele impere, e vós, Príncipe da milícia celeste, com esse poder divino, precipitai no inferno a Satanás e aos outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para a perdição das almas. Amém.
3 vezes:
D: Sacratíssimo Coração de Jesus,
T: Tende piedade de nós.
3 vezes:
D: Coração Imaculado de Maria,
T: Sede a nossa salvação.
Em algumas paróquias reza-se esta oração:
AGRADEÇO-VOS Ó DEUS , POR TODOS OS BENS QUE ME DESTES. GUARDA MEUS PENSAMENTO E MEUS PASSOS. AJUDA-ME A GUARDAR TUDO O QUE CELEBREI E OUVI.  POR CRISTO NOSSO SENHOR. AMÉM.
Busquemos então aproveitar este momento ainda que seja breve e depois voltemos a conviver com nossos colegas e amigos.
Deus abençoe
Padre Antônio

domingo, 16 de outubro de 2011

O verdadeiro servo do altar

O verdadeiro servo do altar é aquele garoto que conhece os princípios da igreja
e primeiramente, aquele que sabe servir com amor.
Deus criou o mundo por amor e com amor nós devemos viver com os
nossos irmãos. Também pelo amor que Deus  enviou seu filho para nos
salvar. Jesus Cristo disse que devemos amar á Deus e o próximo como a si
mesmo. O serviço feito com amor é como uma árvore que dá frutos para
todos os homens. O amor é dom de Deus, sendo dom de Deus deve ser
partilhado com os outros.
Junto com o amor vem à palavra serviço, pois o serviço é a mesma coisa de
amor partilhado, quando você partilha o amor, você esta á serviço de Deus.
Nós como cristãos e servidores de Cristo devemos aprender a servir com
amor.
Papa João Paulo II disse que o Brasil precisa de santos. Uma pessoa para
ser santa ela deve ter um testemunho de fé sempre valorizando as pessoas,
amando o próximo, tudo com amor. Tentamos buscar a santidade a partir
do momento que partilhamos o amor, ou seja, servimos. Antes de ser
servido, sirva, antes de falar, escuta e antes de ensinar aprenda os
ensinamentos de Jesus Cristo, o nosso Senhor e Salvador.
Não importa o que você faz na hora da celebração ou da missa, e sim
importa como você faz, se está fazendo com amor ou não. Pense bem, sirva
com amor e agradece sempre á Deus por você está tendo esta oportunidade
em servir.
Você já se perguntou, se é um verdadeiro coroinha? Se não perguntou,
pergunte agora!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Oração antes da Missa

No Missal existem algumas orações para que o sacerdote que vai celebrar a Eucaristia, a Santa Missa, possa se preparar bem espiritualmente para a celebração da mesma. Por exemplo:

Oração de Santo Tomás para antes da Missa 


Ó Deus Eterno e Todo-Poderoso, eis que me aproximo do sacramento do Vosso Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo. Impuro, venho à fonte da misericórdia; cego, à luz da eterna claridade; pobre e indigente, ao Senhor do céu e da terra. Imploro, pois, a abundância da Vossa liberalidade, para que Vos digneis curar minha fraqueza, lavar minhas manchas, iluminar minha cegueira, enriquecer minha pobreza, vestir minha nudez. Que eu receba o Pão dos anjos, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, com o respeito e humildade, com a contrição e devoção, com a pureza da fé, com o propósito e intenção que convém à salvação de minha alma. Dai-me que receba não só o Sacramento do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus Cristo, mas também seu efeito e sua força. Ó Deus de mansidão, fazei-me acolher com tais disposições o Corpo que Vosso Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo, recebeu da Virgem Maria. Que eu seja incorporado ao Seu Corpo Místico e contado entre Seus membros. Ó Pai cheio de amor, fazei que, recebendo agora Vosso Filho sob o véu do sacramento, possa eternamente contemplá-lo face a face. Amém.

A recitação de tais orações são vivamente recomendadas ao sacerdote que irá celebrar. Há uma inclusive muito difundida em alguns lugares que o sacerdote reza com os coroinhas: DEUS TODO PODEROSO, MEU PAI CELESTE. PURIFICA MEU CORAÇÃO E AS MINHAS MÃOS. FAZ COM QUE EU FIQUE COM MUITO AMOR E RESPEITO JUNTO DO TEU ALTAR. POR CRISTO NOSSO SENHOR. AMÉM.
Seria muito bom para o coroinha também fazer a mesma preparação. Na próxima semana veremos a oração pós- Missa.
Padre Antônio Aguiar

domingo, 9 de outubro de 2011

De olho na Agenda

Dia 14 de Outubro ás 19:30 hs Reunião da Equipe de Coordenação Vicarial dos Coroinhas na Matriz de São Gonçalo
Dia 21 de Outubro ás 19.30 hs Reunião com os Coordenadores Paroquiais do Vicariato de São Gonçalo na Matriz
Dia 29 de Outubro - ás 9 hs da manhã Adoração para os Coroinhas do Vicariato de São Gonçalo - Local: Matriz de São Gonçalo
Padre Antônio Aguiar

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Cerimoniário

O que é?
Cerimoniário é uma das funções da Sagrada Liturgia. Seu trabalho é fazer com que as celebrações melhor expressem sua beleza, pela simplicidade própria da Sagrada Liturgia, que é celebrada com Espírito de Oração, contemplação e ordem. Para que isso decorra bem o Cerimoniário deve trabalhar em colaboração com o Sacerdote que Preside a celebração litúrgica e as demais pessoas que exercem funções na celebração.
Colégio de Cerimoniários do Sumo Pontífice em 2009

Quem pode exercer está função?
Homens que tenham conhecimento da liturgia e saibam aplicá-los a prática. Podendo ser leigos, diáconos e sacerdotes; existem caso de até bispos desempenhando está função.
Cerimoniários auxiliando o Papa a descer os degraus durante à Santa Missa



Compila: Pablo Barbosa Bueno
Introibo ad altare Dei, Ad Deum qui laetificat juventutem meam.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Funções Do Sacerdote Na Celebração Eucaristica

Nessa  série  iremos  relatar as funções do Sacerdote, desda sua chegada  a Igreja até a sua saida.

Chegada a Igreja : Dirija-se a capela do S.Santissimo e lá faça sua oração particular.
e logo após se dirija a Sacrístia.
Chegada a Sacristia: Lá já esteja  separado os paramentos do Sacerdote.Sendo assim  possa não só o Sacerdote mais assim como toda equipe de celebração  estar com o coração em devida contrição e voltada ao  Cristo.
É dever do Cerimoniário da missa não saindo dessa contrição passa r ao sacerdote todas as coordenadas do Santo Sacrificio(Sempre bom lembrar que o Sacerdote é o Presidente da celebração no qual devemos ter obediência, mas o cerimoniario estar ali para auxilia-ló a dividir as funções,organizar as procissões,estar em plena comunhão com a banda ou coro e possa também estar de acordo com a sagrada litugia.).
Preparação e Paramentação da missa: O sacerdote se dirigi até a pia e lava as mãos e começa a se paramentar passo a passo:Amito,Alva,Cíngulo,Estola e Casula.

Assim se conclui a primeira parte da nossa série com o sacerdote se dirigindo para a procissão da Santa Missa que terá continuidade semana que vem.

Que possamos a cada dia agradecer a Deus pelos nossos sacerdotes em especial nessa semana nosso Pastor e Pai S.E.R Dom. Frei Alano OP  que Deus o abençoe e proteja a cada dia de sua vida e que ele  renove  o seu sim a Deus a cada Santo Sacrificio.

"Zelus Domus Tuae Comedit Me"
Fabiano Macedo

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Introdução ao Missal Romano

Como a  Espiritualidade do Coroinha como de toda a Igreja brota da Eucaristia, achei por bem introduzir sobre esse assunto na Espiritualidade do Coroinha:
1-A Igreja sempre entendeu que esta ordem lhe dizia respeito e, por isso, foi estabelecendo normas para a celebração da santíssima Eucaristia, no que se refere às disposições da alma, aos lugares, aos ritos, aos textos.
2. A natureza sacrificial da Missa, solenemente afirmada pelo Concílio de Trento[1], de acordo com toda a tradição da Igreja, foi mais uma vez formulada pelo II Concílio do Vaticano, quando, a respeito da Missa, proferiu estas significativas palavras: “O nosso Salvador, na última Ceia, instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e Sangue, com o fim de perpetuar através dos séculos, até à sua vinda, o sacrifício da cruz e, deste modo, confiar à Igreja, sua amada Esposa, o memorial da sua Morte e Ressurreição”.
4. Quanto à natureza do sacerdócio ministerial próprio do presbítero, que em nome de Cristo oferece o sacrifício e preside à assembléia do povo santo, ela é posta claramente em relevo pela própria estrutura dos ritos, lugar de preeminência e função mesma do sacerdote.
16. A celebração da Missa, como ação de Cristo e do povo de Deus hierarquicamente ordenado, é o centro de toda a vida cristã, tanto para a Igreja, quer universal quer local, como para cada um dos fiéis[22].
24-Lembre-se contudo o sacerdote que ele próprio é servidor da sagrada Liturgia, e que não lhe é permitido, por sua livre iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for na celebração da Missa[34].
28. A Missa consta, por assim dizer, de duas partes: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Estas duas partes, porém, estão entre si tão estreitamente ligadas que constituem um único ato de culto[40]. De fato, na Missa é posta a mesa, tanto da palavra de Deus como do Corpo de Cristo, mesa em que os fiéis recebem instrução e alimento[41]. Há ainda determinados ritos, a abrir e a concluir a celebração.